PAULO BRITO E ABREU
MELOMANIA-MEMENTO
( avoco, para a Musa, o Arcano e Arcaico da estética Estrela )
Perdida eternamente,
Pra sempre, sempre morta,
A Bela está presente
E bate à minha porta.
Visita-me em segredo,
Às horas mais caladas,
Crisóloga no credo,
As mãos amendoadas.
E Bela volta à campa,
Com passos de veludo,
A Nela que foi estampa,
A Dona que foi tudo.
E eu digo, eu digo à Dona:
«Não vás, ó deia amiga!!!»
Mas ela, que apaixona,
Tão frol, numa cantiga,
É Paz, calor e mente,
É liga, junco, porta,
Amada eternamente
Mas nunca, nunca morta.
AD AUGUSTA PER ANGUSTA
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