segunda-feira, 13 de março de 2017

Soneto Breve e Leve

PAULO BRITO E ABREU


















SONETO BREVE E LEVE
 
( in memoriam de António Manuel Couto Viana )
 
invoco, para a Musa minha, o 3 de Copas Arcano
 
Coas mãos esmigalhadas p’lo mundo da dor
Se ergue sempre o Poeta na sua fantasia.
O homem não contente cria mesmo com Amor:
Se hoje ele é Poeta, amanhã será Poesia.
 
Urge transformar num só verso maior
Poalha de poeira que é, no fim do dia,
Sal e escuridão volvendo-se em estertor:
Quando um mundo acaba, o outro principia.
 
Furtemos, entretanto, a Cristo a sua Cruz,
Louvemos o zagal e todos os trigais,
Crisantos animais que somos todos nós;
 
Pois assim era Buda e assim era Jesus,
Nitentes e notáveis doando aos naturais
A Virgem, visionada, e cansada, a minha voz.
 
Que Luz, 05/ 10/ 2016
 
AD MAJOREM DEI GLORIAM

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