No passado
dia 1 de Fevereiro, assinalaram-se os 160 anos da morte de Wilhelm Ludwig von
Eschwege, mais conhecido entre nós como Barão de Eschwege, e que nasceu em
Hesse, a 10 de Novembro de 1777, e veio a falecer em Kassel, precisamente a 1
de Fevereiro de 1855.
E Sintra não
pode, nem deve, esquecer a memória deste fantástico homem de ciência que muito
contribuiu para o engrandecimento e embelezamento desta terra maravilhosa. Se é
certo que D. Fernando II foi o principal impulsionador e mentor do gosto
romântico na arquitectura e na paisagem sintrense, também é certo que muito beneficiou
da preciosa ajuda e conhecimento do Barão de Eschwege.
Homem de
múltiplos recursos científicos, já que espalhou a sua actividade pela geologia,
a geografia, a arquitectura, a metalurgia, a química e a física, e estudou –
seguindo a corrente ecléctica da época – direito, ciências naturais, economia
política e economia florestal, arquitectura, mineralogia e paisagismo, foi o
grande parceiro de D. Fernando na mítica caminhada que levou à idealização e
construção do Parque e do Palácio da Pena.
O primeiro
estudo sério sobre o clima, a formação geológica e a qualidade dos solos da
Serra de Sintra, é de sua autoria. Foi com base nesse estudo que ele e o rei
perceberam que era possível trazer plantas de todas as partes do mundo e
plantá-las no alto da serra, criando aquele verdadeiro «Jardim de Klingsor» que
é hoje um fantástico laboratório vivo do reino animal e vegetal.
Também foi o
Barão de Echwege quem encetou uma série de viagens pela Europa e Norte de
África, catalogando elementos arquitectónicos que serviriam para a projecção do
Palácio da Pena, o tal «Castelo do Santo Graal».
Mas a vida e
a obra deste homem não cabem aqui. Há muito que Sintra lhe deve uma justa e
tardia homenagem. Porque é bom não esquecer quem nos deu a Arte e a Natureza
que hoje rende milhões. Nós não esquecemos, porque nos esqueceríamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário