Continuando a saga dos Tangedores e Conservadores dos órgãos
do Paço Real de Sintra que se presumem ter sido dois, por referências
documentais, nomeadamente um na capela e um outro no salão; trazemos hoje novo
documento da Chancelaria Régia de D. Manuel, em que faz concessão a António
Martins, Clérigo, para a função de limpar e consertar os órgãos do paço
A nomeação para tal função é a partir de janeiro de 1521, com dois mil reis de mantimento, ou seja de ordenado; o mesmo que recebia Frei Diogo, o anterior conservador.
Aqui fica a transcrição da carta de nomeação: «ant[óni]o ma[rti]inz [no lado interno da folha] - Dom man[u]ell etc. Aquantos [e]sta nossa carta birem faze |1 mos saber qui querendo nós fazer certa graça e mercee a |2 ant[óni]o m[a]r[tin]z creliguo de Mis[s]a e m[orad]or em Sintra temos p[er] bem e |3 nos [a]p[ra]z qui elle tenha e aja de nós de mamtimento cada ano |4 de janeiro q[ue] bem de be XXi [isto é: [1]521] em diante de dous mil r[ei]s p[er] ter car[r]eguo |5 de alimpar e consertar os orgauos da nossa cap[el]a e da sala dos |6 paçoos da dita bila asi e per maneira qui tinha Frey |7 diogo qui se foy pa[ra] castela e porem ma[m]damos ao nosso almox[arife] |8 qui ora he e ao diante for do dito almox[arifado] de Sintra |9 qui em cada hum anno lhe deem paguua per esta so carta sem |10 mais tirar [?] di nossa fazenda e per o treslado della qui |11 sera registada nos liuros do dito almox[arifa]do per esp[c]riuam delle |12 com o c[onhecimen]to do dito amtam m[art]i[n]z lhe seram [l]evados em c[on]ta dada |13 em a nossa cidade debora aos quatro de novembro andré brás a fez |14 de mil be [= 5oo] XX anos||15 ».
A nomeação para tal função é a partir de janeiro de 1521, com dois mil reis de mantimento, ou seja de ordenado; o mesmo que recebia Frei Diogo, o anterior conservador.
Aqui fica a transcrição da carta de nomeação: «ant[óni]o ma[rti]inz [no lado interno da folha] - Dom man[u]ell etc. Aquantos [e]sta nossa carta birem faze |1 mos saber qui querendo nós fazer certa graça e mercee a |2 ant[óni]o m[a]r[tin]z creliguo de Mis[s]a e m[orad]or em Sintra temos p[er] bem e |3 nos [a]p[ra]z qui elle tenha e aja de nós de mamtimento cada ano |4 de janeiro q[ue] bem de be XXi [isto é: [1]521] em diante de dous mil r[ei]s p[er] ter car[r]eguo |5 de alimpar e consertar os orgauos da nossa cap[el]a e da sala dos |6 paçoos da dita bila asi e per maneira qui tinha Frey |7 diogo qui se foy pa[ra] castela e porem ma[m]damos ao nosso almox[arife] |8 qui ora he e ao diante for do dito almox[arifado] de Sintra |9 qui em cada hum anno lhe deem paguua per esta so carta sem |10 mais tirar [?] di nossa fazenda e per o treslado della qui |11 sera registada nos liuros do dito almox[arifa]do per esp[c]riuam delle |12 com o c[onhecimen]to do dito amtam m[art]i[n]z lhe seram [l]evados em c[on]ta dada |13 em a nossa cidade debora aos quatro de novembro andré brás a fez |14 de mil be [= 5oo] XX anos||15 ».
Normas seguidas na transcrição: Carecendo a ortografia
medieval de regras rígidas, tanto no que diz respeito à grafia, como no que diz
respeito à segmentação ou junção de sílabas, torna os textos em leitura
desafiadora, pelo que optamos por os manter na sua máxima pureza. Apenas
desdobramos abreviaturas, colocando os caracteres em falta dento do parêntesis
rectos [a]: Qualquer comentário nosso, ao texto, é, também, colocado em
parêntesis rectos, mas o texto a vermelho e corpo inferior; As mudanças de
linha são assinaladas com barra vertical e numeradas a vermelho |0, nos
parágrafos assinalamos com barra dupla ||0
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