domingo, 2 de junho de 2013

Perguntas sem resposta em Sintra



FERNANDO MORAIS GOMES
 

Se o quotidiano de Sintra é marcado pela tensão entre a serra e suas faldas e os suburbanos depósitos de gente que como tumor cercam a vila ainda incólume, nesta muito ainda há a fazer, e para tanto, aqui se deixam algumas perguntas às quais, creio, muitos sintrenses gostariam de ver serem dadas respostas. A saber:

Porque é que não há uma revista cultural à semelhança da saudosa “Vária” que deixou de ser publicada sem se ter encontrado um substituto adequado?

Porque demora a aprovação do novo Plano de Groer, bem como do Plano da Praia das Maçãs?

Para quando uma homenagem no Parque da Pena a Carlos de Oliveira Carvalho, seu administrador florestal durante mais de 30 anos?

Para quando a atribuição do nome de M.S.Lourenço, escritor e filósofo nascido em Sintra e falecido em 2009 a uma rua na freguesia de S. Martinho?

Para quando a recuperação das casas arruinadas no Rio do Porto?

Para quando a abertura do Hospital da Misericórdia na Vila?

Para quando a abertura de um parque de campismo e uma pousada de juventude, que há anos fazem falta em Sintra?

Para quando a introdução de acessos adequados para deficientes em todos os monumentos de Sintra?

Para quando a criação de contratos-programa para parcerias estratégicas entre as entidades públicas locais e as associações e agentes culturais locais?

Para quando a recuperação museológica dos monumentos romanos no Vale de S. Martinho, à saída de Sintra para Lourel?

Para quando a revitalização do Instituto de Sintra que tão boas provas deu já no passado?

Para quando a revitalização com apoio das associações locais do subocupado Centro de Arte Moderna, agora que perdeu a colecção Berardo?

Para quando a recuperação do Hotel Netto, verdadeira gangrena em pleno centro histórico?

Porque não instalar um Centro de Estudos do Romantismo em Monserrate?

Para quando um fundo de apoio à cultura com uma percentagem da cobrança das coimas e taxas provindas das actividades económicas, gerido em cada freguesia pela respectiva junta?

Para quando uma campanha agressiva de combate aos tags que vandalizam o património público e privado e dão uma imagem de incúria e desleixo?

Para quando a criação de hortas comunitárias em muitos baldios, agora que se propugna o regresso à terra?
O que vai acontecer ao Museu do Brinquedo, agora que a lei asfixia o seu funcionamento?

E, por fim, e para já, porque não submeter os abates e podas agressivas de árvores ao parecer vinculativo dum Conselho Municipal de Ambiente onde tivessem assento as instituições e representantes das comunidades locais?

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