terça-feira, 25 de junho de 2013

No tempo em que havia polícia sinaleiro na Estefânea

JOSÉ CARLOS SERRANO

No tempo em que havia polícia sinaleiro na Estefânea.

O Augusto era o terror do cruzamento!

Azar de quem não parava, lá para meio da tarde, quando ele fazia “alto”!

Lembro-me como se fosse hoje!

Aqueles velhotes que vinham a Sintra, de ano a ano, penico enfiado em cima do boné, muito devagar, de pés a arrojar pelo chão, para ajudar no equilíbrio, atravessavam a Heliodoro Salgado, a custo, no meio do rebuliço do trânsito.

Sim, porque nessa altura havia vida!

Chegavam ao cruzamento, vindos debaixo, e não reparavam que o “Rei do Cruzamento” tinha feito ”alto”. Fazia aquelas alminhas recuar 2 ou 3 metros (para aprenderem a respeitar a autoridade).

Se já era difícil equilibrarem-se, recuar era trágico!

Quando os mandava avançar, coitados, tal era o nervosismo, que se desmontavam e atravessavam o cruzamento a pé, a empurrar a “Zundapp”. Se fosse o caso de irem à Câmara tratar da licença de caça, montavam – se, e como era a descer, estavam safos.

Demorei vários anos a compreender essa dureza, mas depois compreendi!

Estar no meio da rua, a inalar os gases dos tubos de escape, levava a uma “secura de garganta”, que era saciada na tasca defronte do cruzamento!

1 comentário:

  1. José Carlos, tem ideia de uma data possível para esta foto do polícia sinaleiro na Estefânea?

    Obrigado

    Carlos da Costa Branco

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