sexta-feira, 11 de outubro de 2013

No tempo em que se ia ao cinema, ao Carlos Manuel!

JOSÉ CARLOS SERRANO

No tempo em que se ia ao cinema, ao Carlos Manuel!
Era o sonho  de qualquer puto de Sintra, entrar naquela sala!

Toda aquela ansiedade de ir à estação, ver no placard a anunciar, ou ir lá, à porta, ver os cartazes expostos, com os filmes prá semana toda e as novidades que iriam sair.
A D. Romana, a vender os bilhetes, o Canelas à porta a cortar o bilhete, a D . Salete a arrumar as pessoas no lugar, no balcão, o Jacques, o inspetor, o bar, no 1º andar, são coisas que não esquecem.
Por acaso não me lembro do 1º filme que vi lá, mas ir ver “Os malucos vão à guerra” ou qualquer filme do Louis de Funés, numa matiné, são coisas que não esquecem.
Ou quando apareceu a “Guerra das Estrelas”. Um filme que não esqueço, da adolescência, foi o " Expresso da Meia-Noite ".
Ou então ir ver uma saída de um filme de Karaté, isso era topo de gama! Aquela malta da zona saloia, que vinha nas motorizadas, saia aos gritos a dar pontapés pró ar, como o Bruce Lee, entortavam os sinais de trânsito e amolgavam os caixotes de lixo.
Era também noites para rir quando vinha um filme de motos, por exemplo! Quando apareceu o Mad Max, aquelas V5 e Zundapps, prego a fundo, direito a Lourel ou à Várzea, isso era outro filme, a malta sentada no muro do Casino a ver isso tudo.
Havia as célebres 4ªs feiras, dos filmes para adultos. Aí a malta saia em silencio e até se escondiam, porque ninguém queria ser visto a sair de filmes “desses”.
E também me lembro de quando apareceram os filmes românticos, indianos, por exemplo o Boby.
Ou Bud Spencer e Terence Hill, o cowboy insolente.
Lembranças e algumas recordações.

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