Na Escola do Sintrense na Av.
Heliodoro Salgado, existiam, no r/c, 2 salas. Uma tinha uma velha mesa,
improvisada, de ping-pong, que fez as delícias da malta, quando começou a fazer
as primeiras saídas à noite. Na sala ao lado era o jogo da laranjinha, frequentado
pelos mais velhos. Ao fundo era o bar, onde o Sr. Jorge vendia uns cafés, uns
bagaços e umas minis, para comer não existia nada, não fossem uns amendoins.
Junto ao bar existia uma pequena sala onde se jogava às cartas. Tudo isto era
um mundo novo, onde só os adultos é que entravam. O cheiro era um misto de
humidade, fumo de cigarros, muito, misturado com o cheiro das bebidas.
O sistema era juntarmo-nos 2 ou 4 e
fazer equipas para se jogar. Era pago à hora, dividíamos a despesas, trazíamos
raquete, porque as que lá havia eram de madeira, sem borracha.
No jogo da laranjinha o recinto de jogo é um rectângulo aberto no chão, com os
laterais feitos de madeira e os topos feitos de cortiça, o chão feito de areia
e caliça, a meio das tabelas laterais leva duas peças metálicas de seu nome
garrafinha, para se jogar utiliza-se uma bola pequena, a laranjinha e seis
bolas grandes de madeira maciça, sendo o objectivo acertar na laranjinha com as
bolas grandes. É um jogo de destreza e pontaria, sendo um jogo muito antigo a
malta nova aprendia com os mais velhos.
Em Sintra, que me lembre, só existia
este no Sintrense e outro na cave da Sociedade União Sintrense.
Velhos tempos de saídas curtas, até
à meia-noite, às sextas e sábados.
O Sr. Jorge tinha muita paciência
prós putos, durante o dia fazia a cobrança das quotas do Sintrense na sua
vespa.
Havia outra laranjinha em S. Pedro, na Mourisca, hoje um bar. Fica em frente ao café D. Fernando. Abraço Zé.
ResponderEliminarE outro jogo da laranjinha na Sociedade Filarmónica "Os Aliados" ou os "Caracóis", que hoje, ainda, pode ser visto. Portanto, em S. Pedro de Penaferrim chegaram a
ResponderEliminarfuncionar dois jogods de laranjinha.