Ofélia
Cabaço é natural de S. Miguel Açores, vive atualmente em Sintra e estuda
Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa. Tem 63 anos, trabalhou em
secretariado, gosta de jardinar e cozinhar. Aos doze anos de idade recebeu o
primeiro prémio de poesia lírica, nos Jogos Florais de Luís de Camões, então,
aluna da Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada, participou em revistas
e jornais da sua escola. Escreveu O Aroma da Criptoméria em 2012, Folhas ao
Vento em 2013, o Gatinho Jacinto em 2015 e Groselhas em Flor em 2020. Tem
participado em várias Antologias de Poesia.
Se castigo é dor,
Eis-me destroçada
Como árvore arqueada
P´lo vento que não é justo,
Movida pela certeza
De por ninguém ser amada,
Por tudo isto,
Não desejo falsidade,
Nem fingido amor
Quero antes, em dificuldade
Viver uma doce tranquilidade
No meu coração sentir brancas noites,
E, olhar a Lua, além, encantadora,
Por entre noites incandescentes
Precedentes auroras sonhadoras,
Se castigo é dor,
Sou lápide e ardor…
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