Procuro só a beleza etérea em vão:
Nas cinzas da frustrada conquista,
Impulsionada pelo desejo narcisista,
Ficaram os estigmas da destruição.
Foi-se a esperança de felicidade
Num tempo sem heróis nem bravura,
De frívolos indolentes sem lisura,
Que em demónios fitam a virtude.
Sobeja pois a amarga solidão:
Da gruta e da bucólica poesia,
Até à partida eterna da visão
De que a vida sem sabedoria,
E a beleza que alumia o coração,
Não é mais que brutalidade vazia.
João P. Afonso Aguiar
Sintra, 14 de Setembro de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário