Despejados de nós,
ardentemente tudo ambicionamos:
Fortuna, fama, ser amados,
Deuses dos próprios fados…
Mas em tudo nada vemos.
Somos seres pendentes
no vazio de nada saber;
Se perdida a beleza de ser
e de criar formas elegantes;
Somos tempo sem passagem
uma liberdade sem voz…
Ó despejados de nós!
Ficará o reflexo de apenas ter.
Somente a harmonia,
de ser feliz existindo
na natureza com poesia
nos oferta um indício sério:
da vida ser um mistério
desvendado quando vivido.
João P. Afonso Aguiar
Sintra, 29 de Março de 2014
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