quarta-feira, 23 de abril de 2014

O meu 25 de Abril-Pedro Macieira

PEDRO MACIEIRA
No 25 de Abril de 1974, estava no serviço militar obrigatório.Pertencia ao 2º Grupo de Companhias de Administração Militar, no Campo Grande em Lisboa. Hoje Universidade Lusófona, onde a minha filha se licenciou.

Prestava serviço na Avenida de Berna  na Repartição de Mobilizados ao lado do antigo “Trem-Auto”, hoje Universidade Nova.

 No edifício da Avenida de Berna funcionava  nos pisos térreos, também o Distrito de Recrutamento e Mobilização (DRM)

No dia 9 de Março de 1973, um ano antes do 25 de Abril de 1974, uma bomba colocada  pelas  Brigadas revolucionárias do PRP, explodiu cerca das 17h30, provocando um morto ( o elemento que estava  a instalar o engenho) e muitos feridos –envolvendo-me nessa situação de várias formas – eu  na altura era também contra a guerra colonial…

Estando no serviço militar nas alturas em que o 25 de Abril de 1974  que acontecia nas ruas, razão porque as minhas  primeiras fotos  são do primeiro 1º de Maio. Também em outra data, uns meses depois de Abril, em 28 de Setembro  de 1974, a situação politica complicou-se-desde as primeiras horas da manhã, grupos de militantes paravam e revistavam carros de quem se dirigia a Lisboa para a chamada “Manifestação da maioria silenciosa”– uma iniciativa que não chegou a realizar-se,de apoio ao general Spínola, convocada dias antes por cartazes que invadiram a cidade nesse dia com prenúncio de golpe de Estado, da extrema-direita

Nessa altura discutia-se o destino das antigas colónias –Spínola terá convocado um conjunto de partidos fantoches angolanos para  tentar uma solução diferente do que estava preconizado no Programa do MFA. As fotos mais abaixo são da chegada destes “ilustres” políticos feitos à pressa, recebidos no Aeroporto da Portela por uma manifestação pró-MPLA



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