Fiz algumas
vezes, para ajudar na festa que se fazia na " ilha das cobras ".
Era preciso
enfeitar a rua a preceito, comprar sardinhas e o que fosse preciso.
A lenha prá
fogueira, íamos buscar à Quinta da Raposa, o caseiro deixava-nos lá ir.
Depois os
mais velhos é que faziam os enfeites, os putos ajudavam.
Uma corda
esticada, depois cortava-se o papel de cor em forma de bandeira e com cola,
feita com farinha e vinagre, colavam-se as folhas. Depois esticava-se a corda, de
um lado ao outro da rua. Alto para não ficar preso nas carrinhas mais altas que
quisessem passar. À entrada da rua, folhas de palmeira, amarradas, em forma de arco.
Toda a gente
ajudava, novos e velhos.
Se o
dinheiro não chegasse para tudo pedia-se ajuda na mercearia ou nos restaurantes.
Alguém (que
tinha) trazia a musica, que seria um gira discos.
Até quermesse
havia. Cada um trazia coisas que as mães já não queriam e estava montado o
estaminé. Fogueira acesa, sardinha assada, copos de tinto e saltar a fogueira.
Eu como era
puto (e parvo) comia em casa! Não gostava de sardinhas.
Lá “melgava”
a cabeça á minha mãe. Como tinha ajudado queria ir ver a festa e, ver, saltar a
fogueira!
Lógico que
se chegava a casa com “fedor a fumo e a sardinhas”.
Mas isto eram
os santos populares ao pé da minha casa.
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