POEMAS DO ARCHAELOGO (no dólmen do Monge)
Aqui busca a
quinta essência
musgo em
pedra branca
de runas,
perdidos saberes.
Leva a letra
ao esconso dólmen
óculos, livro
de um arqueólogo,
mapa e cronos
prisioneiro.
Luze o leitor
magnético,
em sonhos a fita
gravada
d’análogos
dias vividos.
Eras em
círculos ou rectas,
se não
terraços quadrados
onde a visão
estuava.
(É-nos mais
caro o que perdemos?
De pássaros
enche o olhar.
Hoje detém-se
aqui, indiferente a Ontem).
A única dor
que sentiu era
de não encontrar
um Além,
nostalgia a
ser escrita na pedra dura.
Beijava as
pedras reais
elas são, eu
é que estou -
dizia, sem
elas jamais o saberia.
Talvez te
esqueça no labirinto,
talvez a pena
seja o que sinto,
talvez a
pedra, talvez a morte.
Amou o vento,
sinal do tempo
restam as
pedras, escuras trevas,
hoje que
morre, hoje que nasce.
Sonhos de
líquenes, que foram,
voam em
láctea órbita.
Pedras e pó,
escrita de tudo o que é.
Sem comentários:
Enviar um comentário