JOÃO
CACHADO
No
passado dia 28 de Fevereiro, publicou o Jornal de Sintra o meu artigo
"Defesa do Património, coerência de propósitos". Pois, imediatamente,
na tarde daquela mesma sexta-feira e depois de o ter lido, o próprio Presidente
da Câmara Municipal de Sintra me contactou, protagonizando atitude que muito me
sensibiliza, através da qual pretendeu dar um sinal que cumpre salientar.
Desde
já, aliás, também importa evidenciar que, no contexto do episódio, li e
interpretei o sinal em questão, não em relação ao específico signatário do
texto publicado, mas, já que tal é o meu enquadramento, ao respeito que lhe
merece a intervenção cívica de todos os cidadãos que, como eu, se preocupam com
situações de degradação incompatíveis com o que Sintra merece.
Dando
a entender como bem compreendia o contexto das denúncias que eu tinha apontado,
aproveitou a oportunidade para informar que, relativamente a um dos casos, já
tinha uma boa notícia. Ora, para melhor entendimento do que se segue,
lembrar-vos-ei que, referindo exemplos da designada Cultura do Desleixo, como
os do Vale da Raposa e fontanários da Estrada Velha de Colares, também escrevia
eu:
"(...) Dentre
alguns assuntos que, en passant, aproveitaria para chamar a atenção do Dr.
Basílio Horta, durante o percurso pela Alfredo da Costa, avulta o do Casal de
São Domingos cuja visível degradação é espelho do que se passa no interior e
nos infelizes anexos do jardim. É uma lástima que merece a urgência de uma
intervenção adequada.(...)"
Então,
a boa notícia é, precisamente, sobre o Casal de São Domingos. Ali será
instalada a sede da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Sintra,
medida que permitirá acabar com o estado de decadência do edifício e pequeno
jardim que, como todos sabemos, têm sido objecto de tantos e tão justos
reparos, quer de munícipes quer de forasteiros que por ali passam e não podem
deixar de lamentar o que é tão patente.
Durante
a conversa em apreço, o Senhor Presidente também me sossegou quanto às medidas
que ia tomar relativamente ao Vale da Raposa e fontanários, cujo estado de
descuido era bem evidente nas fotos que ilustravam o artigo em apreço, que, em
suma, tinha originado a boa conversa que quisera ter comigo mal fora publicado.
Natural
e compreensivelmente, não poderia deixar de vir partilhar não só a boa nova mas
também do meu regozijo e dos concretos indícios que parece poderem animar-nos.
Concluo com o mais sincero e veemente dos votos, esperando que, pelo caminho,
os objectivos do Presidente não encontrem quem lhe faça contravapor
Imagens dos blogues Sintra em Ruínas e Retalhos de Sintra
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