segunda-feira, 24 de março de 2014

Ode ao G

GONÇALO NUNO NEVES







Um seis incompleto,
Um hexágono aberto;
Uma espiral do mundo
De infinidade como atitude...
Um prefixo de musicalidade
Que por mil milhões se multiplica,
A todos os astros ou qualquer unidade
Um não mudo Sol brilha rude.
De um Sol que germina como um Grão-grão:
Semente leguminosa e luminosa,
Alicerça a estabilidade da Gravitação,
Presenteando-nos a gravidade e a situação...
Incompleto por descansar ao "Dia-de-Sol",
Aberto para deixar entrar o Verbo
Que tanto se aclama na origem,
Mas à sétima do nosso alfabeto
Clama pela grama da chama de uma vertigem...
O Gás ganhou peso
E a vertigem existência.
Que transcendência: FICO TONTO!
Pois que depois de vir o Ser,
Todos vimos do "ponto".


"ANTOLOGIA DE POESIA CONTEMPORÂNEA - (Entre o Sono e o Sonho)", Vol. V, Tomo I, Chiado Editora, pág. 539.

(Gonçalo Nuno Neves)

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