Enfermeiro
Com o
decorrer dos anos, a viver em Sintra conheci muitas pessoas que hoje
são grandes amigos. O nosso grupo que se começou a formar a partir dos
nossos 5 ou 6 anos de idade eram praticamente rapazes, pois as
raparigas naquela altura dos anos 60 ficavam em casa e só convivíamos
com elas na época da escola primária e
nas horas de recreio. Comecei a estudar na escola primária do Sintrense,
situada no centro de Sintra, edifício com 3 andares, rodeado de zona
arborizada, tinha um campo de jogos e um ginásio onde se praticava,
ginástica e judo. O rés do chão da escola tinha um bar, com salas de
jogos e especialmente uma sala própria para se jogar à laranjinha que
estava aberto ao público depois da hora do jantar e que tinha uma
frequência assídua do meu tio José Guerra.
As nossas brincadeiras eram passadas praticamente na rua e nas quintas e matas, e não havia o perigo de sermos atropelados, sendo o tráfego de automóveis escasso, nos primeiros anos. Brincávamos aos índios e cowboys, jogávamos ao berlinde, à carica, na berma do passeio, fazíamos torneios de atletismo, com corrida e salto em altura, bicicleta, mas o nosso desporto favorito era o futebol. Qualquer lugarzinho servia para fazermos o retângulo de jogo, desde a estrada onde púnhamos as balizas com pedras das calçadas até aos terrenos circundantes aos prédios onde morávamos. Lembro-me também que a minha primeira coleção de cromos foram os bonecos da bola das equipas do campeonato principal que vinham nos rebuçados que custavam um tostão e o prémio era uma bola de futebol de catchumbo. Esperávamos sempre com ansiedade e alegria a altura do Carnaval e dos Santos Populares pois divertíamos imenso e sabíamos que tínhamos que ir buscar à mata montes de cardos para saltarmos à fogueira. Eram momentos de alegria para nós quando chegava um circo em Sintra, que era sempre erguido em frente do Sintra-Cinema, pois aproveitávamos sempre para ajudar o pessoal do circo a erguê-lo com a finalidade de vermos os espetáculos de borla.
Com o passar dos anos a Portela de Sintra foi crescendo em prédios e ruas, preenchendo os sítios áridos e arborizados. O primeiro prédio mais alto a ser construído foi para ai em 1966 e bátizamo-lo como arranha-céus de oito andares, e foi a primeira vez que tive a possibilidade de andar de elevador. O comércio e a industria foram-se desenvolvendo, com o aparecimento de lojas e restaurantes, cafés, supermercados, livrarias,etc. Novas escolas também se construíram, infantários, jardins e um parque recreativo. O Liceu Nacional de Sintra foi modernizado com mais salas de aulas, biblioteca e um novo ginásio. A Câmara Municipal de Sintra ocupou o espaço em frente do Sintra-Cinema. A Linha de Sintra foi reconstruída e o respectivo apeadeiro da Portela de Sintra está hoje modernizado com 2 pisos. As ruas e as estradas foram alargadas, assim como os passeios. Criaram-se rotundas. O antigo campo do Sintrense em terreno de saibro hoje é um complexo desportivo com novas bancadas, campo de futebol principal, com relva natural, e mais dois campos de treino com relva artificial. Ou seja, tudo mudou e onde eu andava de trotineta e bicicleta, e brincava livremente com os meus amigos sem problemas de trânsito, hoje são prédios e acessos para estradas principais com semáforos nas passadeiras.
As nossas brincadeiras eram passadas praticamente na rua e nas quintas e matas, e não havia o perigo de sermos atropelados, sendo o tráfego de automóveis escasso, nos primeiros anos. Brincávamos aos índios e cowboys, jogávamos ao berlinde, à carica, na berma do passeio, fazíamos torneios de atletismo, com corrida e salto em altura, bicicleta, mas o nosso desporto favorito era o futebol. Qualquer lugarzinho servia para fazermos o retângulo de jogo, desde a estrada onde púnhamos as balizas com pedras das calçadas até aos terrenos circundantes aos prédios onde morávamos. Lembro-me também que a minha primeira coleção de cromos foram os bonecos da bola das equipas do campeonato principal que vinham nos rebuçados que custavam um tostão e o prémio era uma bola de futebol de catchumbo. Esperávamos sempre com ansiedade e alegria a altura do Carnaval e dos Santos Populares pois divertíamos imenso e sabíamos que tínhamos que ir buscar à mata montes de cardos para saltarmos à fogueira. Eram momentos de alegria para nós quando chegava um circo em Sintra, que era sempre erguido em frente do Sintra-Cinema, pois aproveitávamos sempre para ajudar o pessoal do circo a erguê-lo com a finalidade de vermos os espetáculos de borla.
Com o passar dos anos a Portela de Sintra foi crescendo em prédios e ruas, preenchendo os sítios áridos e arborizados. O primeiro prédio mais alto a ser construído foi para ai em 1966 e bátizamo-lo como arranha-céus de oito andares, e foi a primeira vez que tive a possibilidade de andar de elevador. O comércio e a industria foram-se desenvolvendo, com o aparecimento de lojas e restaurantes, cafés, supermercados, livrarias,etc. Novas escolas também se construíram, infantários, jardins e um parque recreativo. O Liceu Nacional de Sintra foi modernizado com mais salas de aulas, biblioteca e um novo ginásio. A Câmara Municipal de Sintra ocupou o espaço em frente do Sintra-Cinema. A Linha de Sintra foi reconstruída e o respectivo apeadeiro da Portela de Sintra está hoje modernizado com 2 pisos. As ruas e as estradas foram alargadas, assim como os passeios. Criaram-se rotundas. O antigo campo do Sintrense em terreno de saibro hoje é um complexo desportivo com novas bancadas, campo de futebol principal, com relva natural, e mais dois campos de treino com relva artificial. Ou seja, tudo mudou e onde eu andava de trotineta e bicicleta, e brincava livremente com os meus amigos sem problemas de trânsito, hoje são prédios e acessos para estradas principais com semáforos nas passadeiras.
Escrita leve e recheada de memórias, Parabéns e aguardo a continuação.
ResponderEliminarCarlos Carneiro
PS - no facebook existe uma página com fotos relativas ao Liceu, chama-se Memória Fotográfica do Liceu de Sintra.