Para a malta de Sintra não era novidade, mas putos, de 13, 14 anos,
irem a pé até aos lagos de Monserrate, para dar uns mergulhos, era
atrevimento!
Assim que chegava o calor, toca a baldar às aulas e dar uns mergulhos.
Ir da escola, D. Carlos, em Lourel, até lá, a pé, era uma aventura.
Onde se tomava banho era no segundo lago, que era mais uma presa de água e
que tinha uma muralha com uma comporta.
O primeiro lago tinha nenúfares e ai não se tomava banho!
Havia malta mais velha que fazia o mesmo, mas ficavam nas margens. Parecia
uma mini praia. Fazia umas clareiras e eles abancavam com as namoradas.
Nós, os putos, ficávamos no paredão, no topo, onde era a comporta para vazar
o lago e mergulhávamos dali, ou de cuecas, ou sem nada, era muito bom, uma
sensação de liberdade, era preciso era chegar a casa seco para não dar nas
vistas.
Houve uma altura em que tínhamos um colchão insuflável, para brincar,
ficava escondido, mas desapareceu.
Tínhamos a noção que o lago era fundo, mas ninguém abusava.
Velhos tempos!!!
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