No tempo em que se ia ao cinema, ao Carlos Manuel!
Era o sonho de qualquer puto de Sintra, entrar naquela sala!
Toda
aquela ansiedade de ir à estação, ver no placard a anunciar, ou ir lá, à
porta, ver os cartazes expostos, com os filmes prá semana toda e as
novidades que iriam sair.
A
D. Romana, a vender os bilhetes, o Canelas à porta a cortar o bilhete, a
D . Salete a arrumar as pessoas no lugar, no balcão, o Jacques, o
inspetor, o bar, no 1º andar, são coisas que não esquecem.
Por
acaso não me lembro do 1º filme que vi lá, mas ir ver “Os malucos vão à
guerra” ou qualquer filme do Louis de Funés, numa matiné, são coisas
que não esquecem.
Ou quando apareceu a “Guerra das Estrelas”. Um filme que não esqueço, da adolescência, foi o " Expresso da Meia-Noite ".
Ou
então ir ver uma saída de um filme de Karaté, isso era topo de gama!
Aquela malta da zona saloia, que vinha nas motorizadas, saia aos gritos a
dar pontapés pró ar, como o Bruce Lee, entortavam os sinais de trânsito
e amolgavam os caixotes de lixo.
Era
também noites para rir quando vinha um filme de motos, por exemplo!
Quando apareceu o Mad Max, aquelas V5 e Zundapps, prego a fundo, direito
a Lourel ou à Várzea, isso era outro filme, a malta sentada no muro do
Casino a ver isso tudo.
Havia
as célebres 4ªs feiras, dos filmes para adultos. Aí a malta saia em
silencio e até se escondiam, porque ninguém queria ser visto a sair de
filmes “desses”.
E também me lembro de quando apareceram os filmes românticos, indianos, por exemplo o Boby.
Ou Bud Spencer e Terence Hill, o cowboy insolente.
Lembranças e algumas recordações.
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