Eu outsider de tudo
sem
compromissos, contemplo,
aqui do alto
da serra
de ventos
enovelado
sentado na
pedra anímica.
«Perversão
lusitana» na raiz
da árvore, de
agoras que nunca foram,
saudades –
até da febre da conquista
da noite escalada,
lutada, morta,
dos joelhos
no chão, no sol ao meio-dia.
Mais no alto:
olhar as nuvens,
se tudo fosse assim no mundo,
por que não assim, Portugal?
O vento,
barcos ao longe, ar,
muito ar,
aqui, a ver o mar.
Sobre o túmulo de
Ferreira de Castro,
Junho de 1985
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