São honras e privilégios de malta
de Sintra!
Os primeiros “passos” foram dados
no meu quintal! Uns patins velhos ajustados aos sapatos e lá dei os primeiros
tombos.
Os meus irmãos mais velhos
jogaram no Sintra.
Desde de muito pequeno que me recordo
de saltar o muro para ir ver os treinos deles. O portão que estava aberto, à
noite, era o do Palácio Valenças, por isso, quem morava fora da Vila ou dava a
volta ou saltava o portão da Volta do Duche. Era fácil, por detrás da casa do
guarda, junto a uma árvore.
Comecei a dar as primeiras
patinadelas no parque. Inscreveram me nos infantis. O treinador o Sr. Camilo.
Há coisas que não se esquecem. Limpar
o ringue com o rodo para tirar a água ou as folhas e umas “pinhas”, que eram um
perigo, caídas da araucária.
Não sei que idade tinha, mas o primeiro
jogo que fiz correu mal. O guarda-redes ficou doente, então equiparam-me e fui
prá baliza, coisa que nunca tinha feito. Jogo contra o Cascais, Um puto mais
atrevido alçou do stick e “mandou uma bujarda” que me acertou na máscara.
Fui logo ao “tapete” e até vi
estrelas.
Não tinha de ser!!!
Continuei sempre a acompanhar o
meu irmão, nos treinos e nos jogos, mística que recordo com muita saudade. Ver
jogos no parque. Noites mágicas, as “multidões” que vinham ver os jogos.
Não tive grande futuro como
jogador, mas continuei a ir patinar, era o Sr. Zé quem tomava conta dos patins
e então, á tarde, era muito bom passar uns bocados a patinar no Ringue do
Parque.
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