Era preciso era imaginação,
fértil!
Arranjar, ou encontrar,
companheiros e partir à aventura.
Bastava uma cavilha, grande, para
jogar ao prego. À minha porta tinha um bocado do passeio sem estar empedrado,
era o canteiro de uma árvore, a terra até era mole, e lá se fazia uma “jogatana”.
O primeiro a falhar passava ao seguinte. Havia malta boa nisso. Cavilhas “afiadinhas”,
que nunca caiam.
Nesse sítio também dava para
jogar ao “bilas”, às” covas” ou á “roda”. Gostava bastante e tinha alguma
pontaria.
Mas era no atrevimento dos carros
de rolamentos que me deliciava. Bastava cravar 4 rolamentos ao meu irmão, que
trabalhava como mecânico, e umas ripas e umas tábuas, que eram restos dos
cortes na carpintaria dos Parrachos, por detrás da estação, e estava feito!
Rampa de teste: “Ilha das Cobras
“, ou Rua Conde Ferreira!
Era o sítio ideal. Ao fundo
existia uma oficina, de bate-chapa e pintura, do Sr. Zé Burro. Durante o dia
tinha que se ter cuidado. Era mais ao fim da tarde. Ou então, atrevimento total,
era descer junto à Câmara Municipal, por detrás, onde vai dar à Quinta do
Visconde d’Asseca. Era uma descida curta mas tinha umas curvas maravilha. Havia
alguma cumplicidade por parte da polícia.
Era mesmo nas “barbas” deles, o posto
da polícia era nas traseiras da Câmara, mas como éramos poucos e ninguém fazia
queixa do barulho, dava direito a umas descidas
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