sábado, 15 de junho de 2013

Av. Heliodoro Salgado

ANDRÉ RABAÇA


Foi já há mais de 15 anos (ou já fez 20?) que se promoveu em Sintra uma das mais geniais obras de que há memória por aqui: a criação de uma rua sem trânsito automóvel, com trânsito automóvel. Com trânsito e com espaço para estacionar e tudo (e que luxo de estacionamento!). Estou a referir-me, claro, àquela metade da Av. Heliodoro Salgado que foi forrada a placas cinzentas, hoje pintalgadas a pastilha-elástica. Antes era uma estrada com demasiado trânsito, hoje é uma rua com pouco trânsito – bom trabalho senhores doutores. Tem menos trânsito, tem menos comércio, tem menos pessoas, tem menos vida. O que antes era uma artéria-referência é agora um ponto de passagem que liga duas Sintras (a de lá e a de cá, ou vice-versa), onde as pessoas entram por um lado e saem pelo outro (a pé ou de carro) praticamente sem pararem. Pelo meio, alguns cafés, uma ou outra loja que ainda vai resistindo, 2 farmácias(!), umas lojas chinesas, 4 ou 5 marcas de Bancos e pouco mais. E se durante a semana a “coisa” ainda vai sendo disfarçada pelo movimento das pessoas que naquela zona trabalham, à noite ou aos fins-de-semana é uma tristeza andar por ali. Isto não é progresso!


5 comentários:

  1. A crise que se abateu sobre os estabelecimentos de restauração e no sector dos bares e cafés, em particular, é visível no panorama de Sintra, onde sempre foi apontada a falta de espaços para tal fim, atenta a circulação diária de centenas de turistas.
    Muitos bares que antes faziam o horário tradicional optaram por abrir só algumas horas por dia, (o Saloon, o Legendary Cafe, o Sabot) outros fecharam (veja-se o caso da Ideal, na Estefânea, que funcionava desde 1936, há algum tempo encerrada, (embora pareça decorrerem lá obras) a par do panorama desolador da Heliodoro Salgado, a rua pedonal, donde vários estabelecimentos sumiram, como a papelaria Parracho, a Cintrália, e outros(até a loja da Benneton...).
    E os estabelecimentos que resistem parecem ter chegado ao fim da linha, obrigados a praticar preços com margens irrisórias, sobrando os cacofónicos chineses, alguns espaços menos cuidados (o bar da estação, o Café Elite, ou a Adega do Saloio, só para dar alguns exemplos)e os bancos, catedrais da usura do nosso descontentamento. Nota positiva para o Café Saudade, e, numa óptica de consumo de passagem e da bica ao balcão, o Tirol ou o Monserrate, excluindo-se aqui a Vila Velha, com os seus preços turísticos
    O elevado valor do IVA praticado, a retracção do consumo, as rendas elevadas e a inenarrável imposição de novas e dispendiosas máquinas têm levado a tal estado de coisas, de tal modo que um dia destes o deserto pode ser total. Dias negros, estes que se vivem

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  2. Uma das farmácias já despediu gente, a Arteescola parece-me que custará a aguentar-se muito mais tempo e o Granja também não me parece muito duradouro.
    Uma nota louvável para a Monserrate que rejuvenesceu e tem um serviço de mais qualidade e atractivo.
    No entanto, estes dois cafés fecham portas cedo e tudo fica deserto.
    A Fetal também fechou há uns anos. O sapateiro seguiu-lhe as pesadas.
    Outro contra é a dificuldade de estacionar na zona. Há quanto tempo e por quanto mais irá estar vedado o estacionamento lateral à Casa SantaAna?

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  3. Passear nesta avenida é desolador.. o comércio tradicional é quase inexistente, e não existe muito que nos faça querer visitar esta rua... deveria ser impulsionada a atividade cultural da Vila Alda e do "Casino"...

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  4. O estacionamento (que até certa altura foi assegurado pela ponte pedonal - desaparecida), impulsionar na zona o comércio tradicional e, a travessia do eléctrico (que como em muitas cidades no Mundo, passa por zonas semelhantes), iria trazer ao cento da Estefânea novamente Vida.

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  5. trabalho e resido em paris tenho um apartamento na heliodoro salgado SINTRA sempre que ai vou cada vez menos sou multado por parar omeu carro a minha porta. acho que vou vender o apartamento e abrir mais uma loja chinesa e o que esta a dar; E ainda tenho direito a cartao dourado , AMO SINTRA ,Henrique

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