No tempo em que havia polícia
sinaleiro na Estefânea.
O Augusto era o terror do
cruzamento!
Azar de quem não parava, lá para
meio da tarde, quando ele fazia “alto”!
Lembro-me como se fosse hoje!
Aqueles velhotes que vinham a
Sintra, de ano a ano, penico enfiado em cima do boné, muito devagar, de pés a
arrojar pelo chão, para ajudar no equilíbrio, atravessavam a Heliodoro Salgado,
a custo, no meio do rebuliço do trânsito.
Sim, porque nessa altura havia
vida!
Chegavam ao cruzamento, vindos
debaixo, e não reparavam que o “Rei do Cruzamento” tinha feito ”alto”. Fazia
aquelas alminhas recuar 2 ou 3 metros (para aprenderem a respeitar a autoridade).
Se já era difícil equilibrarem-se,
recuar era trágico!
Quando os mandava avançar,
coitados, tal era o nervosismo, que se desmontavam e atravessavam o cruzamento a
pé, a empurrar a “Zundapp”. Se fosse o caso de irem à Câmara tratar da licença
de caça, montavam – se, e como era a descer, estavam safos.
Demorei vários anos a compreender
essa dureza, mas depois compreendi!
Estar no meio da rua, a inalar os
gases dos tubos de escape, levava a uma “secura de garganta”, que era saciada
na tasca defronte do cruzamento!
José Carlos, tem ideia de uma data possível para esta foto do polícia sinaleiro na Estefânea?
ResponderEliminarObrigado
Carlos da Costa Branco