Com as comemorações do Dia de Santo
António, justas porque de Lisboa e não de outro sítio qualquer, justas porque
homem de palavra afiada e exemplos únicos, ainda justa porque filósofo na vida
e na obra e co-fundador de um novo apostolado, vieram ofuscar, ou embrulhar em
nevoeiros convenientes a muita gente deste nosso Portugal enublado, a passagem
dos 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa.
Ora, se justa é a homenagem que
prestamos a Santo António neste dia, também nos parece justa a que devemos ao
mais universalista e mais português de todos os nossos poetas e pensadores.
Fernando Pessoa nasceu a 13 de Junho
de 1888. Precisamente no dia de Santo António. Quem sabe se não foi o santo que
apadrinhou este homem que era muitos? Quem sabe se não foi ele o seu primeiro
mentor, ou o seu primeiro heterónimo?
Este dia 13 de Junho dá que pensar
neste tempo nosso. Tão bom seria se os nossos políticos, os que governam e os
outros, começassem a ler, e a entender, Fernando Pessoa, e a seguirem o exemplo,
na vida, de Santo António. Por certo, seriam mais cultos e mais humildes.
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