FERNANDO MORAIS GOMES
Se o quotidiano de Sintra é
marcado pela tensão entre a serra e suas faldas e os suburbanos depósitos de
gente que como tumor cercam a vila ainda incólume, nesta muito ainda há a
fazer, e para tanto, aqui se deixam algumas perguntas às quais, creio, muitos
sintrenses gostariam de ver serem dadas respostas. A saber:
Porque é que não há uma revista
cultural à semelhança da saudosa “Vária” que deixou de ser publicada sem se ter
encontrado um substituto adequado?
Porque demora a aprovação do novo
Plano de Groer, bem como do Plano da Praia das Maçãs?
Para quando uma homenagem no
Parque da Pena a Carlos de Oliveira Carvalho, seu administrador florestal
durante mais de 30 anos?
Para quando a atribuição do nome
de M.S.Lourenço, escritor e filósofo nascido em Sintra e falecido em 2009 a uma
rua na freguesia de S. Martinho?
Para quando a recuperação das
casas arruinadas no Rio do Porto?
Para quando a abertura do
Hospital da Misericórdia na Vila?
Para quando a abertura de um
parque de campismo e uma pousada de juventude, que há anos fazem falta em
Sintra?
Para quando a introdução de
acessos adequados para deficientes em todos os monumentos de Sintra?
Para quando a criação de
contratos-programa para parcerias estratégicas entre as entidades públicas
locais e as associações e agentes culturais locais?
Para quando a recuperação
museológica dos monumentos romanos no Vale de S. Martinho, à saída de Sintra
para Lourel?
Para quando a revitalização do
Instituto de Sintra que tão boas provas deu já no passado?
Para quando a revitalização com
apoio das associações locais do subocupado Centro de Arte Moderna, agora que
perdeu a colecção Berardo?
Para quando a recuperação do
Hotel Netto, verdadeira gangrena em pleno centro histórico?
Porque não instalar um Centro de
Estudos do Romantismo em Monserrate?
Para quando um fundo de apoio à
cultura com uma percentagem da cobrança das coimas e taxas provindas das
actividades económicas, gerido em cada freguesia pela respectiva junta?
Para quando uma campanha
agressiva de combate aos tags que vandalizam o património público e privado e
dão uma imagem de incúria e desleixo?
Para quando a criação de hortas
comunitárias em muitos baldios, agora que se propugna o regresso à terra?
O que vai acontecer ao Museu do Brinquedo, agora que a lei asfixia o seu funcionamento?
O que vai acontecer ao Museu do Brinquedo, agora que a lei asfixia o seu funcionamento?
E, por fim, e para já, porque não
submeter os abates e podas agressivas de árvores ao parecer vinculativo dum
Conselho Municipal de Ambiente onde tivessem assento as instituições e
representantes das comunidades locais?
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