Nos últimos 50 anos Sintra conheceu 11 presidentes da
Câmara Municipal. Antes do 25 de Abril, o cargo não era electivo, mas por
nomeação, sendo os presidentes geralmente
da confiança do partido único, a União Nacional.
Desde 1958, e substituindo César Moreira
Baptista (1953-1958) ocupou o cargo o
prof. Joaquim Fontes, médico e homem
de cultura. No seu tempo, o Hóquei Club
de Sintra foi campeão de Portugal em hóquei em patins e Nafarros, S.João das
Lampas e Gouveia inauguraram a luz eléctrica. Morreu no cargo, de doença súbita,
em 10 de Setembro de 1960.
Sucedeu-lhe o Visconde de Asseca, D. António Correia de
Sá,(1961 a 1968), período no qual as relíquias de D.Nuno Álvares Pereira
vieram a Sintra, foi inaugurada a iluminação pública no Largo Rainha
D.Amélia, na Vila Velha, e abriu o Hotel das Arribas( tudo em
1961).
Em 1962 foi criada a
freguesia de Algueirão-Mem Martins,por influência de Isaías Paula, João Cordeiro
e Francisco Fernandes entre outros,
Lourel de Cima inaugurou um chafariz
público, em Maio decorreu a inauguração da Tabaqueira, das novas
instalações do Hóquei Clube de Sintra e do Colégio D. Afonso V, já
em Outubro.
Em meados da década começa a urbanização de zonas como Algueirão e Rio de Mouro e abre o Hotel Miramonte, em Colares. Por essa altura se inauguraram igualmente as piscinas da Praia Grande e a estrada Várzea de Sintra-Fachada. Infausto, um incêndio na serra de Sintra em Setembro de 1966 provocou 25 mortos entre os militares que o combateram, e em Novembro de 1967 as cheias na zona de Lisboa afectaram Cacém, Belas e Queluz provocando 12 mortos na região de Sintra.A 10 de Janeiro de 1968, aos 67 anos o presidente da Câmara D.António Corrêa de Sá, visconde de Asseca, presidente desde 1961 e vereador de 1947 a 1960,testamenteiro de D.Manuel II e sua esposa Augusta Victória e chamberlain da rainha D.Amélia já no exílio, morre, de doença prolongada.
Em meados da década começa a urbanização de zonas como Algueirão e Rio de Mouro e abre o Hotel Miramonte, em Colares. Por essa altura se inauguraram igualmente as piscinas da Praia Grande e a estrada Várzea de Sintra-Fachada. Infausto, um incêndio na serra de Sintra em Setembro de 1966 provocou 25 mortos entre os militares que o combateram, e em Novembro de 1967 as cheias na zona de Lisboa afectaram Cacém, Belas e Queluz provocando 12 mortos na região de Sintra.A 10 de Janeiro de 1968, aos 67 anos o presidente da Câmara D.António Corrêa de Sá, visconde de Asseca, presidente desde 1961 e vereador de 1947 a 1960,testamenteiro de D.Manuel II e sua esposa Augusta Victória e chamberlain da rainha D.Amélia já no exílio, morre, de doença prolongada.
Sucede-lhe
em Abril de 1968 o coronel Joaquim Mendonça
Duarte Pedro, antigo governador de Cabo Verde .
Nesse período surge a electrificação do campo de jogos do 1º de Dezembro, a iluminação pública em Sacotes, a luz eléctrica em Campo Raso e na Ulgueira, abrem o grémio da Lavoura de Sintra e a ponte de Colares, ergue-se a antena de televisão de Janas , realiza-se a I Feira Agro-Pecuária de S. João das Lampas, e em Colares ocorre a milionária festa Schlumberger. A 3 de Julho de 1969, pouco mais de um ano depois, o coronel Duarte Pedro demite-se.
Nesse período surge a electrificação do campo de jogos do 1º de Dezembro, a iluminação pública em Sacotes, a luz eléctrica em Campo Raso e na Ulgueira, abrem o grémio da Lavoura de Sintra e a ponte de Colares, ergue-se a antena de televisão de Janas , realiza-se a I Feira Agro-Pecuária de S. João das Lampas, e em Colares ocorre a milionária festa Schlumberger. A 3 de Julho de 1969, pouco mais de um ano depois, o coronel Duarte Pedro demite-se.
É
então a vez de António Pereira
Forjaz, antigo presidente do Sport União Sintrense e figura da vida
local, que exerce o lugar a partir de Janeiro de 1970.
Durante o seu mandato, que durou até ao 25 de Abril de 1974, foi inaugurado o Bairro Administrativo de Queluz e o posto de turismo do Cabo da Roca, a luz eléctrica em S. Marcos, as novas instalações da Biblioteca de Sintra no Palácio Valenças, o posto de correios da Praia das Maçãs. João Pimenta inicia a urbanização intensiva na zona de Sintra com as construções J.Pimenta e ganham regularidade os Encontros de Sintra.
Durante o seu mandato, que durou até ao 25 de Abril de 1974, foi inaugurado o Bairro Administrativo de Queluz e o posto de turismo do Cabo da Roca, a luz eléctrica em S. Marcos, as novas instalações da Biblioteca de Sintra no Palácio Valenças, o posto de correios da Praia das Maçãs. João Pimenta inicia a urbanização intensiva na zona de Sintra com as construções J.Pimenta e ganham regularidade os Encontros de Sintra.
Depois do 25 de Abril, só a
14 de Junho, toma posse uma Comissão Administrativa, composta por
José Alfredo Costa Azevedo
(presidente) José Joaquim de Jesus Ferreira, Aristides Campos Fragoso,
Lino Paulo, Jorge Pinheiro Xavier, Cortêz Pinto, Álvaro de Carvalho, Manuel
Monteiro Vasco,Carlos Quintela, António Manuel Carvalheiro, Manuel Maximiano e
Mário Barreira Alves.
Foi um período conturbado e
de mudanças. Em Maio de 1975 procedeu-se à inumação das cinzas de Ferreira de
Castro na serra de Sintra e em Junho desse ano à inauguração da
estátua de D.Fernando II no Ramalhão, tributos pelos quais se bateu José Alfredo
Costa Azevedo. José Alfredo abandona a Comissão Administrativa em
Fevereiro de 1976, agastado, ficando no seu lugar até às primeiras eleições
autárquicas, em Dezembro desse ano Cortêz
Pinto.
Inicia-se então o período democrático regular, com vereações eleitas por 3 anos, e, a partir de 1985, para mandatos de quatro.
Inicia-se então o período democrático regular, com vereações eleitas por 3 anos, e, a partir de 1985, para mandatos de quatro.
A
12 de Dezembro de 1976, o tenente-coronel
Júlio Baptista dos Santos foi eleito primeiro presidente da câmara
depois do 25 de Abril e Maria Barroso presidente da Assembleia Municipal(depois
substituída por José Valério Vicente).
O
PS elegeu 6 vereadores ( Júlio Baptista dos Santos, Rui Fonseca ,Sérgio Melo,
Alcides Matos, Oliveira Barbosa e Valério Chiolas) a FEPU 3(Lino Paulo, Cortêz
Pinto e Mário Alves) o PPD 1(Eduardo Lacerda Tavares) e o CDS 1(Fernandes
Figueira).
Nesse período foi inaugurada em Mem-Martins a cooperativa de ensino
A Papoila e o miradouro de Santa Eufémia.
Em Setembro de 1977, o Museu Anjos Teixeira. Em 1978, a Academia da Força Aérea na Granja do
Marquês.
Em Dezembro de 1979, o
despachante alfandegário José Lopes é
eleito presidente da CMS pela AD. Nesse
inicio da década de oitenta, Sintra assistiu a um crescimento ainda moderado do
urbanismo e das zonas urbanas, a par das preocupações com a protecção da serra e
o litoral. Politicamente a década foi marcada por gestões autárquicas da Aliança
Democrática com forte presença da Aliança Povo Unido na gestão da CMS.
Na
Câmara presidida por José Lopes foram vereadores Lino Paulo, Júlio Baptista dos
Santos, Germano Coutinho, Jaime da Mata, Machado de Souza, Mário Alves, Teves
Borges, Jaime Alcobia, Frederico Estêvão e José Valério Vicente. Jaime
Figueiredo Gonçalves foi presidente da Assembleia Municipal. Por esses dias foi
inaugurada a sede da Associação de Comerciantes de Sintra, na Estefânea, e o
polémico Hotel Tivoli, na Vila. Foi criada a Área de Paisagem Protegida de
Sintra-Cascais e inaugurados a escola primária da Várzea de Sintra , o Museu
Ferreira de Castro e a Repartição de Finanças do Cacém, entre outros
melhoramentos.
Em
Dezembro de 1982, é a vez de Fernando
Tavares de Carvalho da AD vencer as eleições autárquicas com 37294 votos,
ficando a APU a 1500 votos com 35790. Foram vereadores Lino Paulo, Raúl
Curcialeiro, Salvador Correia de Sá, Jaime da Mata, Correia de Andrade, Hermínio
dos Santos, Vera Dantas, Fernando Costa, Megre Pires e Felício Loureiro.
Joaquim Bento Sabino presidiu à Assembleia Municipal.
Tavares de Carvalho cumpriu dois mandatos, até Dezembro de 1989, período no qual renasceu o Instituto de Sintra, com António Pereira Forjaz como presidente e Francisco Costa presidente da Assembleia Geral, abriu a estação dos correios da Portela de Sintra e ocorreram as calamitosas cheias de 1983. A Câmara aprovou a primeira fase das urbanizações do Grajal e de Fitares, com projecto inicial de 2000 fogos e foi lançada a primeira pedra do Hóquei Clube de Sintra em Monte Santos, inauguradas escolas primárias na Portela de Sintra, Magoito e Lourel. A vida cultural teve algum realce, na década, com o aparecimento do grupo de teatro CIDRA, o I Encontro de Poetas Populares do Concelho de Sintra ou o Congresso Internacional do Romantismo. Em Dezembro de 1985 a AD(PSD/CDS) volta a ganhar as eleições autárquicas, com 32181 votos sendo Fernando Tavares de Carvalho reconduzido, a APU de Lino Paulo ficou a 700 votos com 31469. O brigadeiro Machado de Souza foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Sintra. Neste segundo mandato, a Rádio Ocidente inicia emissões, é criado o GRAUS com vista à recuperação do centro histórico de Sintra, nasce a CHESMAS -Cooperativa de Habitação Económica, e o teatro Chão de Oliva, impulsionado por João Melo Alvim e Maria João Fontaínhas. Decorrem as I Jornadas de Teatro de Sintra, participando grupos como Os Filhos do Povo, de Montelavar, o Teatro da Sociedade, de Sintra, Masgiruz, de Queluz e outros, e nasce a Orquestra Regional de Colares, sob inspiração de David Tomás e Fernando Moreira.
Em 1988 Algueirão-Mem Martins é elevada a vila e é criado o Instituto D.Fernando II. A Assembleia da República aprova a criação da freguesia de Pêro Pinheiro e Sintra gemina-se com a cidade marroquina de El Jadida (antiga Mazagão), abre a Escola Profissional de Recuperação do Património.
Tavares de Carvalho cumpriu dois mandatos, até Dezembro de 1989, período no qual renasceu o Instituto de Sintra, com António Pereira Forjaz como presidente e Francisco Costa presidente da Assembleia Geral, abriu a estação dos correios da Portela de Sintra e ocorreram as calamitosas cheias de 1983. A Câmara aprovou a primeira fase das urbanizações do Grajal e de Fitares, com projecto inicial de 2000 fogos e foi lançada a primeira pedra do Hóquei Clube de Sintra em Monte Santos, inauguradas escolas primárias na Portela de Sintra, Magoito e Lourel. A vida cultural teve algum realce, na década, com o aparecimento do grupo de teatro CIDRA, o I Encontro de Poetas Populares do Concelho de Sintra ou o Congresso Internacional do Romantismo. Em Dezembro de 1985 a AD(PSD/CDS) volta a ganhar as eleições autárquicas, com 32181 votos sendo Fernando Tavares de Carvalho reconduzido, a APU de Lino Paulo ficou a 700 votos com 31469. O brigadeiro Machado de Souza foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Sintra. Neste segundo mandato, a Rádio Ocidente inicia emissões, é criado o GRAUS com vista à recuperação do centro histórico de Sintra, nasce a CHESMAS -Cooperativa de Habitação Económica, e o teatro Chão de Oliva, impulsionado por João Melo Alvim e Maria João Fontaínhas. Decorrem as I Jornadas de Teatro de Sintra, participando grupos como Os Filhos do Povo, de Montelavar, o Teatro da Sociedade, de Sintra, Masgiruz, de Queluz e outros, e nasce a Orquestra Regional de Colares, sob inspiração de David Tomás e Fernando Moreira.
Em 1988 Algueirão-Mem Martins é elevada a vila e é criado o Instituto D.Fernando II. A Assembleia da República aprova a criação da freguesia de Pêro Pinheiro e Sintra gemina-se com a cidade marroquina de El Jadida (antiga Mazagão), abre a Escola Profissional de Recuperação do Património.
Chega
Dezembro de 1989 e o industrial e comendador João Francisco Justino é eleito presidente
da Câmara como independente pela lista PSD/CDS, com 34% dos votos.A CDU teve 31%
e o PS 29%.
Da
nova Câmara faziam parte Rui Silva, Ferreira dos Anjos, João Carlos Cifuentes,
Lino Paulo, Jaime da Mata, Felício Loureiro, Vera Dantas, Correia de Andrade,
Álvaro de Carvalho e Pinto Simões. Rómulo Ribeiro é presidente da Assembleia
Municipal.Decorre a I Trienal de Arquitectura de Sintra, inaugura-se o novo
relvado do Sintrense, mas ao longo do ano de 1990 degrada-se a relação entre o
presidente Justino e o vereador do CDS Ferreira dos Anjos, originando
sindicâncias à Câmara de Sintra, até que em Outubro desse ano o PSD lhe retira o
apoio político. Abre o mercado de Mem Martins e surge a cooperativa cultural
Veredas. Depois dum período conturbado João Justino perde o mandato no Tribunal
Administrativo, sendo substituído em 1992 pelo vice-presidente Rui Silva, do PSD, que completou o mandato,
no meio de alguma turbulência política.
Em
1994 e até 2001(2 mandatos) ocupou a presidência a socialista Edite Estrela, num período em que Sintra
subiu a Património Mundial da Humanidade, se concluiu o IC-19, abriram o Centro
Cultural Olga de Cadaval e o Museu de Arte Moderna, a Câmara adquiriu a Quinta
da Regaleira e foi criado o Parque Natural de Sintra-Cascais.Sintra tem agora 20
freguesias e roça os 400.000 habitantes.
Foram
vereadores nesse período Álvaro de Carvalho, Pinto Simões, Lino Paulo, Estrela
Ribeiro, Viegas Palma,Fausto Caiado,Matos Manso, Rui Pereira, Baptista Alves
entre outros. Fernando Reino e Jorge Trigo presidiram à Assembleia
Municipal.
Em
Janeiro de 2002 ocupa o lugar o social-democrata Fernando
Seara , renovando mandatos
até 2013.Foram vereadores neste período Marco Almeida, Luís Patrício, Lino
Ramos, Ana Duarte, Paula Simões, Luís Duque, Baptista Alves, Guadalupe Simões,
João Soares, Ana Gomes, Rui Pereira, Domingos Quintas, Eduardo Quinta-Nova e Ana
Queirós do Vale. Ribeiro e Castro e Angelo Correia foram presidentes da
Assembleia Municipal. Neste período deu-se a transferência para a
câmara de muitas competências na área da educação, sendo a prioridade orçamental
a acção social.Sintra aderiu à Aliança das Paisagens Culturais e surgiu a
Parques de Sintra-Monte da Lua como gestora da área do património mundial,
inaugurou-se o Centro de Ciência Viva, a Casa Mantero e o novo Tribunal, o Museu
de História Natural e a Casa de Cultura de Mira Sintra.
Muito obrigado por esta recordação.
ResponderEliminarBoa, Fernando. Agora só falta o resto até à Implantação da República.
ResponderEliminarTambém tenho feito, só que para este efeito era muito grande. Vai noutro artigo
EliminarMuito bem Fernando.
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