quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Os cactos nem morrem, muito menos de pé

BÁRBARA JORDÃO RODHNER

Bárbara Jordão Rodhner. Nascida no dia 27 de Novembro de 1980, ás 23.35h, junto ao mar imenso da baía de Cascais marca a viragem de uma nova Era. Por vezes chamada de criança hiperactiva, criança-indigo, criança rebelde, foi, é apenas criança-Criança, no verdadeiro sentido da palavra, Viveu, percorreu, caiu, chorou, levantou-se, ousou e Venceu. Agora olha para trás e re-Une tudo em gestos imensos; a palavra é arma e ela usa, sem medo, para activar as mentes adormecidas. Acredita que a cura do mundo é a sua própria cura. Acredita na vida, nos milagres, na magia e na felicidade. Utópica? Tem dias que parece mas na maioria dos outros Bárbara Jordão & Bárbara Rodhner é a prova viva de que Existir É uma Oportunidade Única de Luz. Para mais detalhes procure www.barbararodhner.com

Acompanhada pela voz de Mercedes Sosa, perdida nas palavras fortes da sua canção "La. maza" esqueço-me do que penso que sou para abraçar um fogo que me sobe perna acima, braço abaixo, mão adentro; uma espécie de grito outrora mudo agora surdo que guardo em mim não porque me consome mas SIM porque me libera.
Antes. Antes gritava rua acima, rua abaixo, beco adentro, beco "afora" numa luta desumana contra a humanidade insana que também eu sou, fui, vou sendo e agora. Agora...
Agora mastigo as palavras para que me saibam melhor, mergulho sentimento adentro, sentimento abaixo numa loucura mais saudável para quem permanece junto a mim; são dias inteiros, enormes, imensos, intensos onde não me perco, não porque não posso mas sim porque não quero; viciada em mim, numa consciência totalmente inconsciente que não me permite mais distracções com os destroços do que foi, do que podia ter sido, do que possivelmente será, mas que constrói; com braços,  mangas, músculos, testículos, dentes, mandíbulas , línguas que são quem Sou. Tenho-me; em mim. Mulher Atenas, filha de Hércules porque lhe apetece, que veste as calcas tingidas pelo seu próprio sangue e se entrega a Deméter quando lhe apetece; dançando o escuro como sua segunda pele que rodopia alma adentro, alma afora e arranha e mata e esfola e ama e perdoa quem lhe quer mal, a si e aos seus.
Tudo isto reflectido numa janela frágil, fraca, fechada na abertura do seu fecho, pendurada pela mão na sua própria solidão, abençoando e abraçando a sua própria e maravilhosa loucura. Venha daí a poesia solta! a que não se explica, a que não se lê; voz adentro, voz afora, a que é atirada contra as paredes como barro molhado e sujo, com pedaços de pó de quem se vive numa casa acima, numa casa abaixo com quatro paredes apenas e um tecto bem fundo.

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